Das cidades da Europa que conheço, Madri é sem dúvida uma das que eu moraria. O motivo é simples: além de ser considerada uma das mais agitadas do velho continente, a capital da Espanha consegue fazer a união perfeita entre o clássico e o moderno. Imagine andar em meio a construções com décadas de história – super bem cuidadas – sem sentir que parou no tempo. Ali é possível desfrutar, simultaneamente, da beleza e facilidades do mundo moderno, como as impecáveis linhas de metrô (ao contrário das velhas e sujas de Paris!).
Fui pela primeira vez em 2010 e voltei para mais uma visita em maio deste ano. E o bacana de voltar a um destino é poder conhecê-lo com mais calma, fazer um repeteco de alguns passeios e tentar vivenciar a cidade como um verdadeiro nativo. A primeira visita, por outro lado, é sempre uma maratona para conhecer todos os principais pontos turísticos. Afinal, vai saber quando voltaremos, não é? Por isso, se você está indo a Madri pela primeira vez, aí vai algumas sugestões clássicas para colocar no roteiro:
Plaza Mayor: Antes denominada Praça do Arrabalde, a Plaza Mayor é um dos principais símbolos da cidade. Todo o entorno é repleto de restaurantes e bares para “ir de tapas” – o ato de beber alguma coisa junto a uma pequena porção – bem ao estilo turistão mesmo. Aproveite também para dar um pulo no Mercado de San Miguel, logo ali pertinho.
Palácio Real: Começou a ser construído em abril de 1734 e possui mais de 4 mil quartos. Embora não sirva mais de residência do rei e da rainha, o Palácio Real ainda é usado para eventos oficiais e encontros diplomáticos. Ao mesmo tempo é aberto para os turistas, que podem aproveitar as visitas guiadas. A entrada custa € 10.
Gran Vía: Esta é, sem dúvida, a versão espanhola da nossa Av. Paulista, em São Paulo. Só que muito mais antiga, claro. Ou até mesmo uma versão espanhola da Broadway, já que é repleta de teatros. Uma caminhada por ali é obrigatória. Aproveite para comer um clássico sanduíche de jamón serrano em algum “Museo Del Jamón”. Baratinho e super típico.
Estádio Santiago Bernabéu: Não precisa nem gostar tanto de futebol para fazer o passeio valer a pena. Só de poder ver de perto a imensidão do estádio do Real Madrid, ver todos os troféus nas paredes e pisar num pedacinho da grama já é bem interessante. A entrada custa € 19.
Puerta Del Sol: Sempre movimentada, a praça é considerada o marco zero de Madri. Ali se encontra o símbolo da cidade: a estátua de bronze do urso tentando alcançar frutos numa árvore.
Museu do Prado: Aberto em 1819, este museu abriga importantes obras de artistas espanhóis, como o quadro “Las Meninas”, de Diego Velásquez e o “Cavaleiro com mão no peito” de El Greco. Parada mais que obrigatória para quem aprecia as artes. A entrada custa € 14.
Museu Reina Sofía: Focado especialmente na arte contemporânea, o Reina Sofía também abriga obras importantíssimas, como o quadro “Guernica”, de Picasso, além de obras de Salvador Dalí e Miró. A entrada é gratuita nos dias de semana e aos sábados após as 19h. Aos domingos após as 15h. A tarifa durante o horário comercial é de € 8.
Parque El Retiro: Lugar predileto dos madrilenhos em finais de semana ensolarados, o parque El Retiro conta com nada menos que 118 hectares. Sim, é imenso. Dá para passar o dia inteiro ali e ainda assim você não conseguirá ver tudo. Não deixe de ir até o Palácio de Cristal e tirar uma foto em frente ao monumento Afonso XII.
Feira do Rastro: Toda cidade que se preze tem sua própria feira de antiguidades. Em Madri, o Rastro acontece todos os domingos e feriados no bairro La Latina. Há de tudo, desde antiquários de móveis e objetos de decoração a roupas e artesanato.
Porta de Alcalá: Construído em 1778 na Praça da Independência, na Rua Alcalá, durante o reinado de Carlos III, o monumento é constituído de duas portas gigantescas para servir de entrada para a cidade.
Fonte Las Cibeles: Outro grande cartão-postal da cidade, a fonte Las Cibeles foi erguida em frente ao Palácio das Comunicações com nada menos que 10.000 quilos de mármore branco. A deusa Cibeles era considerada uma das divindades mais antigas da Ásia Menor.
Você talvez esteja pensando que eu esqueci de citar a Plaza de Toros, onde acontece as típicas touradas. Mas não, eu não me esqueci delas. Na verdade deixei esta atração de lado propositalmente, pois todas as vezes que fui a Madri fiz questão de passar bem longe dessa brutalidade. Recomendo a todos fazerem o mesmo. 😉
Dicas práticas:
Quando Ir: O inverno é muito frio e o verão é bem quente! Por isso, as melhores épocas são na primavera e no outono, entre os meses de abril, maio, junho, fim de setembro e outubro. Nestes meses, por não serem alta temporada, os preços de passagens e acomodações costumam ser mais baixos.
Onde ficar: Madri tem bons hotéis e fácil acesso para todo lado. Mas como grande parte das atrações é na região central, o melhor é ficar por ali mesmo para fazer tudo à pé. Fique em algum estabelecimento próximo a Gran Vía e você estará bem localizado. Para quem faz questão de mais sofisticação o bairro de Salamanca é o mais indicado.
Transporte na cidade: A maneira mais fácil de se locomover em Madri é de metrô. Há estações por todo lado, incluindo uma linha que faz um círculo na cidade. O valor da passagem é de € 1,50. Também é possível comprar o Metrobus – integrado com o ônibus – que vem com 10 passagens e sai por € 12. Funciona das 5h30 à meia-noite durante a semana e até às 2h da manhã nos finais de semana.
Ótimas dicas Bruna. Estou indo para Madri mês que vem e vou seguir esse roteiro.
Gostaria de saber de lugares baratos para comer também, alguma sugestão?
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